terça-feira, 21 de maio de 2013

A matemática e a arte

Exposição no estilo Mondrian


Muitos são os pintores que aplicam em sua arte conhecimentos da matemática, principalmente a geometria, gerando até estilos artísticos. Visão espacial, simetria, ilusão de ótica, formas geométricas, entre outros, são temas comuns à arte e à matemática.

Ainda sob um conceito desgastado, a matemática dada nas escolas é vista como chata,  complicada e muitas vezes desnecessária. Porém, quando apreciamos obras de grandes artistas como Leonardo Da Vinci, Lygia Clark, Miró, Escher, Mondrian, Romero Brito, entre outros, podemos  perceber como ela fica mais dinâmica, inovadora e ousada.

Sendo assim, trazer a arte para a sala de aula pode transformar o conceito desgastado da matemática  para uma nova visão - mais envolvente e apaixonante. Aliados aos conceitos matemáticos podemos inserir a criatividade, a imaginação e a sensibilidade  que a arte nos permite, para juntos se criar um espaço de construção de conhecimentos mais instigante.
Essa junção é perfeita quando se quer mostrar que a matemática não é somente os cálculos exaustivos que costumamos  trabalhar em sala de aula. 

Foi o que aconteceu na exposição de objetos pintados no estilo do artista Piet Mondrian , realizada no C. E. Profª Alcina R. Lima, com alunos do 9º ano.

A atividade consiste em apresentá-los a matemática que se faz presente na arte por meio de algum artista, no caso escolhi Piet Mondrian que trabalhou em sua arte formas e linhas geométricas com cores primárias e, propor que reproduzam esse estilo em objetos de uso pessoal. Esses objetos foram o foco de uma exposição que aliou a matemática à arte.



Na exposição não pode faltar a criatividade dos alunos, que empolgados pintaram unhas, corpo, camisetas, biquínis,tênis, computadores, capas de celulares,cadernos, enfim , parecia que o estilo Mondrian já estava incorporado em suas mentes e essa marca deveria estar registrada em algum objeto pessoal.




Para o aluno Igor, do 9º ano, que durante a exposição apareceu com o corpo pintado em estilo Mondrian, a matemática ficou mais divertida - Eu não sabia que era possível misturar a arte com a matemática. 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Dia Nacional da Matemática

Homenageando Malba Tahan

Todo ano no mês de maio divulgo em minha escola o Dia Nacional da Matemática. Poucas disciplinas possuem uma data nacional para comemorar. A ideia foi sugerida pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática e em 2004 foi aprovada por lei pelo Congresso Nacional.

A data escolhida foi 6 de maio em homenagem ao nascimento do escritor e professor de matemática Júlio Cesar de Melo e Souza falecido em 1974, mais conhecido pelo pseudônimo de Malba Tahan.

Aproveitando que a data é em homenagem ao Malba Tahan, temos um bom motivo para divulgar na escola esse grande professor de matemática  e autor de inúmeras obras. Para não ficar somente com exposição de cartazes, decidi por uma dinâmica diferente.

A boa atração foi vestir um aluno de Malba Tahan e deixá-lo que contasse aos visitantes sua história. Em minha escola, o Colégio E. Profª Alcina R. Lima, Gabriel David, aluno do 2º ano, ficou empolgado de se trajar do contador de histórias e se apresentar para alunos e professores. 














O bate-papo descontraído chamou a atenção dos visitantes que paravam para conhecer melhor esse contador de histórias das arábias. Para muitos alunos que nunca ouviram falar de Malba Tahan, esse é um  momento de acreditar que a matemática pode ser fácil e divertida. “ Queria que o meu professor fosse como Malba Taham, um contador de histórias e que usa enigmas e desafios para tornar a  matemática mais interessante e divertida”, comenta o Gabriel vestido de beduíno.



O momento também foi interessante para alguns professores descobrirem que o Malba Tahan nunca havia visitado um país do oriente e como podia descrever tão bem histórias sobre xeiques, sultões e beduínos.
 “ Ele engana muito bem, para mim ele é um árabe”, afirma a professora Carmem Lúcia. 








Já que a matemática possui uma data comemorativa, o ideal é que escolas e cursos superiores divulguem essa importante ciência a fim de apresentá-la de forma prazerosa e descomplicada, ao contrário do que muitos pensam. Seja por meio de feiras, exposições de trabalhos, palestras, oficinas, desafios, em fim toda forma que a aproxime dos alunos  e mostre que essa disciplina não é privilégio de poucos.