quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Educação Financeira nas escolas públicas



Mesmo sendo proposta dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), a adoção de temas transversais como Trabalho e Consumo que incluem questões para oferecer aos alunos instrumentos que possam  refletir e mudar sua própria vida, conteúdos como Educação Financeira, só começou a fazer parte do currículo oficial das escolas públicas a partir de 2012, entretanto algumas escolas já se preocupavam em preparar os jovens para lidar com suas finanças pessoais. 


No Colégio Estadual Prof.ª Alcina R. Lima, em Niterói,  desde 2010 os alunos do Ensino Médio Inovador, recebem durante 4 semanas orientações na área financeira para que estejam aptos a administrar seus recursos. 

As aulas fazem parte de uma das etapas do Projeto Consumismo, tendo como objetivo principal  o combate ao consumo desenfreado entre jovens. 
Em um primeiro momento, os alunos participam de um debate com contribuições das disciplinas Ensino Religioso, Sociologia, Multimídia e Matemática, onde todos podem expor as suas formas de conseguir dinheiro (trabalhos informais, bicos ,mesadas, ...), falar sobre  quais produtos estão consumindo e quais formas de pagamento estão utilizando em suas compras. 

Após o debate, os alunos recebem informações com exemplos comparativos das formas de compra e, principalmente sobre como usar corretamente o cartão de crédito em suas compras.  Em um segundo momento, no laboratório de informática, os alunos fazem uma simulação de compra parcelada e à vista de um produto de sua necessidade. Por meio de uma planilha eletrônica são feitos cálculos que comparam a melhor opção de compra, incentivando o aluno a análise das formas de pagamento antes de efetuar a sua compra. 

Após as comparações das formas de compra, também são realizados cálculos que simulam um investimento em poupança. Dessa forma, os alunos podem perceber as vantagens de guardar(aplicar) o seu dinheiro para realizar uma compra futura. Muitas dessas ações são favorecidas com o ensino da matemática financeira, como porcentagens e o cálculo de juros compostos. Alertá-los para o consumo de supérfluos, a evitar o parcelamento de compras, a fazer um controle de suas despesas e, principalmente a não contrair dívidas, são formas que podem ajudar na formação de alunos mais conscientes, autônomos e críticos.

É preciso preparar nossos jovens para que possam futuramente melhorar o convívio com o dinheiro, a fim de evitar problemas que são gerados quando não são administrados  corretamente os orçamentos pessoais.