domingo, 30 de novembro de 2014

FEIRA MULTIDISCIPLINAR - 2014

Semana Multidisciplinar


Com uma programação cultural diversificada, o C. E. Profª Alcina R. Lima, realizou sua feira multidisciplinar nos dias 16, 17 e 18 de novembro.

 Entre muitas exposições de trabalhos, experiências de ciências, apresentações musicais, teatrais  e literárias,  a escola contou com a parceria da UFF trazendo o projeto Ciências sob Tendas.

Alguns eventos da nossa programação:





Projeto Ciências sob Tendas 


O projeto é uma mostra itinerante de atividades lúdicas e interativas com o objetivo de popularizar os conhecimentos tecnocientíficos. 



Geometria e Arte



Foram expostos origamis produzidos pelos alunos do 2º ano sob a orientação das professoras de matemática e de artes, Elenise Zaccur e Beatriz Crespo.

 Entre os origamis, destacavam os de motivos natalinos, como guirlandas, sininhos e botinhas de Papai Noel.






Já a professora de matemática Márcia Azamor, apostou na arte em movimento, com a exposição de caleidociclos desenvolvidos pelos alunos do 9º ano.



Também tivemos oficinas oferecidas aos alunos interessados em aprender a construir uma linda caixinha feita por meio do trançado de papeis coloridos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

III FESTIVAL NACIONAL DE IMAGENS

Audiovisual - uma nova linguagem

Para aqueles professores que apenas se utilizam da linguagem verbal em suas aulas, este é o momento de repensar sobre a utilização de outros formas de expressão como o audiovisual.

A educação deve acompanhar a era da informação e apenas com as linguagens escrita e oral ficam insuficientes quando precisamos pensar por meio de imagens.

É preciso despertar o interesse dos alunos pelas diferentes mídias e seus meios audiovisuais como a fotografia, vídeo, internet, som, televisão e cinema. Mesmo tendo uma formação acadêmica voltada para a área das exatas, procuro desenvolver na escola dentro da minha outra disciplina Cultura Digital e Uso das Mídias ( disciplina incluída na grade curricular das escolas públicas de Ensino Médio Inovador ), produções que fazem uso da linguagem audiovisual por meio da criação de vídeos como ferramentas pedagógicas.

Este ano, durante os meses de outubro e novembro, meus alunos do 2º ano do ensino médio, produziram oito vídeos(curtas) sob o tema "Uma escola sem muros" que foram enviados ao III Festival Nacional de Imagens , promovido pelo Portal em Diálogo que é uma rede social aberta desenvolvida pela UFF e mais outras nove universidades federais brasileiras. Como resultado positivo, a escola teve dois vídeos finalistas,onde um foi premiado no Festival.

III Festival Nacional de Imagens

O Festival é uma forma de promover aos estudantes de escolas públicas um espaço para divulgar seus saberes e suas opiniões e, apostaram no audiovisual como uma forma de diálogo.

Entre 151 vídeos enviados dos 17 estados brasileiros, meus alunos , do C. E. P. Alcina R. Lima, de Niterói, R. J. , conseguiram com os vídeos "A solução " e " + 30 anos" chegar na final. E com muito orgulho, o filme " + 30 anos" foi premiado. Com uma visão crítica da escola pública, o curta mostra os fatores que impedem a escola de quebrar seus muros e a forma de como os alunos são vistos pela sociedade e estado. 

Da esquerda para direita, Tiago Zurcher, Vitor Lima e
 a professora Elenise Zaccur na premiação do Festival
Para os alunos Vitor Lima e Tiago Zurcher, integrantes do grupo criador do curta premiado + 30 anos, o vídeo foi uma forma de expressar suas opiniões acerca da educação pública. 


A quantização dos indivíduos traz o benefício para o âmbito logístico, porém acarreta na perda da individualização. Precisamos de um reforma em todo sistema educacional contemporâneo. Necessitamos abandonar os padrões e buscar ampliar nossa percepção da necessidade de uma escola inserida no contexto de sua comunidade, afirma Vitor Lima. 

Já para o aluno Tiago Zurcher, a criação do vídeo foi o único projeto considerado como a melhor coisa feita na escola - foi uma das poucas vezes em que a atividade não foi obrigatória e que as notas foram esquecidas.  



Na foto ao lado, da esquerda para direita, os integrantes do grupo criador do filme + 30 anos, Vitor Lima, eu (professora Elenise), Maurício Crisóstomo, Davi Camara, Tiago Zurcher, Lucas Gonçalves,Davi Dimitri, Suelane Barbosa e Samuel Farias.




Conheça os filmes premiados no Festival pelo Portal em Diálogo:

Saiba mais em :





quarta-feira, 29 de outubro de 2014

VII SEMANA DA MATEMÁTICA 2014 - UFF

Semana da Matemática na UFF

A Semana de Matemática da Universidade Federal Fluminense (UFF) é um evento realizado a cada dois anos pelo Departamento de Matemática e Estatística. O objetivo principal é o de se criar um ambiente onde pesquisadores, educadores e a comunidade em geral possam interagir, divulgando experiências, inovações e diagnosticando novas áreas de atuação em Matemática nas várias manifestações.

Essa sétima edição do evento, no mês de outubro,abriga também o III Encontro dos lunos das Licenciaturas Presencial e a Distância do CEDERJ. Entre oficinas, palestras, posteres, comunicações, minicursos, também se podia apreciar o Museu Itinerante de Educação Matemática.

Foram ofertados aos participantes 25 minicursos/oficinas a sua escolha, entre eles, o Minicurso Explorando o Jogo da Rede Pontilhada com Atividades Colaborativas, apresentado por mim e pelo prof. Marcelo Corrêa.



Para um público com professores e graduandos das licenciaturas presencial e a distância, apresentamos a importância dos jogos como metodologia de ensino nas aulas de matemática e destacamos um jogo tradicional, a Rede Pontilhada ou o Jogo dos Pontinhos, como ferramenta de motivação para a introdução e fixação de conceitos matemáticos que são apresentados em uma sequência de atividades, onde os alunos fixam os conceitos e também estes os auxiliam na tomada de decisões e obtenção de sucesso durante as jogadas.



Visita ao Museu Interativo Itinerante de Educação Matemática

Durante a VII Semana da Matemática da UFF, os alunos do 2º ano do C. E. Prof. Alcina R. Lima visitaram gratuitamente o acervo do LEGI - o Museu Interativo Itinerante de Educação Matemática.

Nessa mostra, encontra-se uma diversidade de artefatos modeladores de situações matemáticas para serem manipulados, entre eles:


 - a coleção de quebra-cabeças geométricos planos e espaciais

- jogo tangran estrelado

- pranchas dinâmicas para apresentação de polígonos equivalentes

- teodolitos que permitem uma introdução aos conceitos da Trigonometria

- geradores manuais de modelos sólidos de revolução


- modelos artesanais de superfícies regradas e de poliedros de Platão

- modelo artesanal de duas esferas inseridas em um cone que emulam as relações descritas pelo teorema de Dandelin

- pequenos mobiles com correspondentes quebra-cabeças tridimensionais, os quais representem situações envolvendo poliedros equivalentes e poliedros duais em que interessantes jogos de luz e sombra obtidos com o auxílio de uma simples lanterna com uma lâmpada do tipo LED.





Neste ano, foram desenvolvidos recursos didáticos para alunos com deficiência visual, como uma pequena biblioteca com volumes infantis impressos em Braile e outros materiais apropriados à percepção tátil.


Para a aluna Laura (foto), escrever seu nome na prancha - reglete, utilizada pelos deficientes visuais foi um momento único. Ela desconhecia tal recurso e disse que a escrita na reglete foi tão fácil quanto escrever à caneta para uma pessoa de visão normal. 

sábado, 30 de agosto de 2014

The virtual geoboard

Interdisciplinary Project - Geometry and English



Dando continuidade ao trabalho com o geoplano virtual - software de geometria dinâmica criado pelo professor Vaz Nunes, resolvi realizá-lo de forma interdisciplinar, integrando-o as aulas da professora de língua inglesa, Carolina Gomes. 

Diante das palavras inglesas que estão inseridas no software, decidi aproveitá-las para enriquecer o vocabulário trabalhado nas aulas de inglês. 
A professora Carolina Gomes repetiu as atividades que foram feitas em minhas aulas  de geometria, porém se apropriando dos procedimentos e figuras geométricas na língua inglesa.






Compreender os termos geométricos e realizar os procedimentos do software na língua inglesa tornam-se enriquecedor para o vocabulário do aluno. 







Para aqueles que quiserem treinar, seguem abaixo as nossas atividades realizadas com o geoplano virtual na língua inglesa( as atividades são as mesmas - vide a outra postagem neste blog).

1) Construct squares, rectangles, triangles, rhombi, parallelograms and trapezoids. Check the amount of vertices and sides. Construct the diagonals. What these figures do not have diagonal? Why?

2) Construct a square with the largest possible area and a square with the least possible area.

3) Construct three different figures with the same area.
4) Construct three different figures with the same perimeter.
5) Construct a rectangle of area 21 units.
6) Construct all possible rectangles with 24 units of area. Which of these has the largest perimeter and which has the smallest perimeter?

7) Build a cube. Check the amount of vertices, edges and faces.
8) Build four unfolds the cube.
9) Build a quadrangular pyramid and check the number of vertices, edges and faces.

Acesse o geoplano virtual em escolovar.org/mat_geoboard.swf



quarta-feira, 14 de maio de 2014

Olimpíada de Matemática 0 X Olimpíada de História 10

Caros professores de história e professores de matemática,


Sabemos que para a maioria dos alunos, a aversão à matemática é tanta que, muitas vezes, perdura por toda a sua vida. É comum encontrarmos pessoas traumatizadas por reprovações em matemática e por pensar que ela serve apenas para resolver problemas com aplicação de fórmulas e cálculos exaustivos. É preciso instigar o aluno a pensar e saber aplicar a matemática na sua vida. Participo daqueles professores que procuram fazer da matemática na escola uma disciplina convidativa e prazerosa, que despertam o interesse em aprendê-la e procuram meios criativos para despertar nos alunos o interesse pela aprendizagem. Dessa forma, como professora de matemática, questiono a metodologia utilizada na prova da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP. Qual seria o objetivo desta olimpíada? Fazer com que os nossos alunos se interessem por esta disciplina ou apenas descobrir talentos? 

Bem, acredito que esteja longe se o objetivo é despertar o interesse pela matemática. Há anos, tenho observado que no dia da realização desta olimpíada, meus alunos não demonstram interesse em fazê-la e muitos ainda querem sair de sala. Os poucos que se dedicam, são aqueles que já possuem um gosto pela disciplina e trazem consigo um certo domínio do conteúdo. 

Começo analisando o instrumento utilizado para esta olimpíada: uma prova objetiva, reproduzida no papel, com questões de lógica e raciocínio, não muito distante das provas realizadas nas escolas. Por que não elaborar uma prova interativa, que pode ser feita pela internet, acessada em qualquer lugar e, em equipe?  Pois é, assim é a Olimpíada Nacional de História Brasileira - ONHB , organizada pela UNICAMP, elaborada com questões interativas, realizada por meio da internet, cheias de efeitos visuais, organizadas por equipe ( com direito a foto e nome), com apoio do professor, e muito mais. Não conhecia a olimpíada de história, e desde o ano passado, com o meu filho participando, até me entusiasmei em dar uma espiadinha nas questões. Fui me apaixonando e, percebendo que a prova tem esse dom te conquistar, de atrair o participante e também, mostrar que a prova é para todos e não, para uma minoria. Sendo em cinco fases iniciais online e em equipe, a troca de ideias entre eles faz despertar o interesse na busca pela informação. Mesmo com dúvidas na questão, o aluno tem a possibilidade de buscar a resposta por diversos meios, como a família, a escola, os amigos, os livros, entre outros e, ainda dispõe de 6 dias para finalizar cada fase. A meu ver, essa pesquisa em diversos meios não é um facilitador de respostas, mas sim uma forma de se buscar conhecimento e , promover o aprendizado. Se o aluno não sabe, ele pode buscar a informação em diferentes meios e assim, passa a compreender melhor a questão. Diferente da olimpíada de matemática, que é realizada individualmente, em locais diferentes, sem atrativos visuais, sem recursos digitais, ainda na era do papel.

 Por que ainda temos uma prova nos moldes tradicionais? Como querer que os nossos alunos sintam gosto pela matemática? Como despertar o interesse dos jovens com provas nem tão pouco inovadoras?

Vejam a opinião de alguns professores:
“Sou professora de matemática do ensino fundamental e do ensino médio  e, participo da OBMEP desde 2009. Durante essas participações já tive alguns alunos, poucos, que foram premiados com medalhas de bronze ou menções honrosas. Com a organização da prova em níveis, onde duas séries são agregadas, alguns alunos, mesmo com empenho, reclamam  o fato de serem cobrados acerca de assuntos que ainda não foram vistos. Além das questões que levam muito para o raciocínio, questões que, pela minha experiência, eles respondem com chute. Nossos alunos são imediatistas. Parece-nos que o objetivo é descobrir talentos, pequenos notáveis para serem lapidados nos projetos que ultrapassam nossos bancos escolares. Os alunos percebem isso e não sentem-se capazes de competir. Mas, é claro, há exceções.” ( Valmíria Barcellos Pereira)

“Com uma proposta inovadora, a UNICAMP tem conseguido atrair o interesse dos jovens

para a pesquisa e estudo da história. Para se ter uma ideia da importância desse evento: no ano de 2013 foram inscritas 10.400 equipes de todo Brasil! Ao elaborar questões variadas, cuja resolução pode depender de uma boa interpretação textual ou mesmo de uma pesquisa sobre a capa de um disco de vinil, por exemplo, os organizadores conseguem estimular os alunos a buscar respostas para aquele desafio específico. Além disso, as questões trazem ainda indicações de leituras complementares. Cada uma das 5 fases iniciais é feita à distância, pelo site específico da Olimpíada. Sem dúvida, essa é outra grande diferença, pois permite aos jovens utilizar um instrumento extremamente fácil para eles: a internet. Também é válido destacar que os professores tem à sua disposição um curso à distância sobre temáticas diferentes, com certificação no final.” ( Abdala Farah Neto, professor de historia do ensino médio)


sexta-feira, 9 de maio de 2014

Dia Nacional da Matemática

Homenagem  ao professor de matemática Júlio César de Mello e Souza


Todo ano, comemoro o Dia Nacional da Matemática em minha escola e, neste ano não pode faltar a homenagem ao grande professor de matemática Júlio César de Mello e Souza , também um grande escritor sob pseudônimo de Malba Tahan. Nascido em 6 de maio, esta data foi decretada por lei como o Dia Nacional da Matemática.

Em clima das Arábias, com incenso, músicas e comidas de origem árabe, tapetes e velas,  a homenagem aconteceu na biblioteca do C. E. Professora Alcina R. Lima, em Niterói. Começamos com a empolgante  apresentação de dança do ventre pela professora e dançarina Laila.



Após a dança,  a homenagem continuou por meio de uma entrevista com o próprio professor Júlio César. É claro, falecido desde 1974, só poderíamos contar com a participação de um convidado trajado de Malba Tahan, que representou muito bem este grande professor e escritor.


 Sabatinado com perguntas sobre sua infância, sua formação, seus pais, seus primeiros
contos, sua contribuição aos jornais como colaborador, seus livros famosos, enfim, o convidado interpretou o papel de Júlio César relatando aos professores e aos alunos do 2º ano do Ensino Médio ,a verdadeira história deste professor de matemática e grande contador de histórias.

Muitos  ficaram surpresos ao conhecer  a metodologia que já era utilizada pelo professor Júlio César nas décadas de 30 ,40, 50,.. Entre os seus métodos, podemos citar: não reprovar, não dar grau zero e não repreender o aluno. Para Júlio César, os professores de matemática sempre foram muito cruéis com os seus alunos e se estes tiram notas baixas, a  culpa não é do aluno ,  é do professor!


Poucos também sabiam sobre a sua vida escolar. Durante a entrevista, conheceram as suas façanhas quando menino que gostava de escrever histórias com personagens de nomes esquisitos e, sendo um escritor nato, resolveu fazer as redações dos colegas, recebendo em troca 400 réis, valor na época que dava para pagar o bonde, comprar o lanche, uniforme,..




Foi um grande momento para todos os presentes, onde se pode transformar de uma forma mais prazerosa a informação em conhecimento. Acredito também que seja este o grande legado do professor Júlio César de Melo e Sousa – inserir  a matemática em suas histórias de uma forma muito mais divertida.

Veja a entrevista realizada na escola, acessando o link:
https://www.youtube.com/watch?v=JE0mBrQQOAc