terça-feira, 9 de março de 2010

Aprendizagem Criativa por Mauro Maldonato


Mauro Maldonato é médico psiquiatra italiano, professor de Psicopatologia da Universidade de Nápoles e de Psicopatologia da Idade Evolutiva e Psicologia da Comunicação da Universidade da Basilicata, além de estudioso da fenomenologia, da filosofia e da epistemologia das ciências humanas. Autor de vários livros, é colaborador do jornal italiano Corriere della Sera, diretor editorial da revista Elites e membro do conselho científico da revista italiana Pluriverso e da Associação para o Pensamento Complexo.
Sua ligação com o Brasil começou em 1998, quando participou do Seminário Internacional na Universidade Cândido Mendes, sobre ciência, pensamento e cultura no qual estavam intelectuais de diversos países sob a coordenação de Edgard Morin. Desde então, sempre é convidado e recentemente, esteve presente como conferencista do Curso de Formação Continuada para Professores de Ensino Médio , na Escola Sesc de Ensino Médio do Rio de Janeiro, em janeiro de 2010. Em sua palestra, demonstrou a grande insatisfação ante a fragmentação do conhecimento na Educação Tradicional, criada ao longo do tempo com o desenvolvimento da ciência e comenta que, antes da Modernidade não havia conhecimento fragmentado e atualmente, diante da diversidade de hábitos, costumes,comportamentos,crenças e valores, o indivíduo deve estar preparado para reagir perante ela. "O mundo é plural e incerto, dessa forma é preciso termos uma mente planetária", afirma Maldonato.
Essa diversidade nos faz repensar na aceitação da diferença do outro. Ele explica que para se adequar a tamanha pluralidade é preciso interagir entre a ordem e a desordem e, que devemos entrelaçar coisas que aparentemente estão separadas como arte e ciência, real e o imaginário e, a razão e a emoção.
Dentre as suas colocações perante a complexidade do mundo, ele também questiona a necessidade de uma aprendizagem criativa para a produção de novas ideias fazendo uma analogia com a música: " Um indivíduo que segue a rigidez de uma partitura musical é um indivíduo sem criatividade que não faz uso da improvisação, apenas reproduz." Em contra partida, citou a ópera Flauta Mágica, de Mozart : " Mozart não inventou formas novas, mas executou com perfeição todas as que existiam em seu tempo com muita inventividade."

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